Coordenado pelo Idesam, o PPBio promove pesquisa e investimentos para a agenda de inovação em bioeconomia na Amazônia
Texto: Camila Garcêz/Idesam
Foto: Fred Rahal
O Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), iniciativa coordenada pelo Idesam desde 2019, e idealizada pela Superintendência da Zona Franca (Suframa), teve suas contas referentes ao Relatório Demonstrativo de 2022, auditadas pela BDO Brasil e aprovadas integralmente sem ressalvas.
O PPBio tem o objetivo de fomentar acesso ao mercado aos diversos produtos amazônicos através de produção sustentável e agregação de valor. Este, funciona como uma ponte entre empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica (ICTs) públicas e privadas, junto a incubadoras, aceleradoras e startups.
Para Paulo Simonetti, líder de Inovação em Bioeconomia do Idesam, o programa está no ponto de encontro entre essas três entidades, mais as startups e demais empresas aceleradas. Para ele, o arranjo desses atores é bastante complexo e garantir a transparência desta política pública é essencial.
“Nós tomamos muito cuidado com a transparência na gestão, na eficiência e responsabilidade na aplicação dos recursos, e hoje estamos em mais um ano, aprovados sem ressalvas. Para nós, é motivo de orgulho e uma maneira de sabermos que estamos no caminho certo, não só pelos resultados, mas também por estarmos conseguindo executar de forma adequada esse recurso numa perspectiva técnica e financeira”, destacou, frisando que a auditoria é de suma importância para validar e corroborar com esse pensamento.
Ao todo, foram 26 projetos prioritários auditados, sendo eles: Aquicultura de Precisão; Tecnologia para Produção de Hortícolas; Análogos de Caviar; Bioplásticos; Inatú Amazônia; Produção Agroecológica de Hortícolas; Gestão Digital das Coletas e Custos do Açaí; Amakos; BioAmazon; Produção de CDR; Ecocitizen; Ecodots; Desenvolvimento de Processo Produtivo para Agregação de Valor à Cadeia do Pescado; Gigas Baby; Gestão na Cadeia Produtiva de Pirarucu; Estudo de Viabilidade para Exportação de Abacaxi; Plataforma de Identificação Botânica de Madeira; Nova Prensa de Pracaxi; Nutrire; Composição de Custo do Pescado para Piscicultores; Desenvolvimento de Gel Cicatrizante; Adaptação de Processos de Certificação Participativa; Proteína Vegana; Sistema Multifásico de Piscicultura; Superfrutas Amazônicas; e o Vem de Onde?.
Resultados da auditoria
A BDO Brasil é considerada a 5ª maior empresa de auditoria e consultoria do Brasil. Está presente em mais de 160 países, possui escritórios em 24 cidades brasileiras e tem forte presença em importantes setores econômicos como a construção civil, setor de energia e recursos naturais, saúde, redes varejistas, indústria têxtil e moveleira.
De acordo com informações fornecidas pela empresa, a auditoria consiste na análise e validação da prestação de contas. São examinadas três informações principais: as entradas, que são os aportes dos recursos; as despesas, ou como este recurso foi gasto, que é a prestação em si; e por fim, o percentual de repasse ao coordenador executor, que precisa cumprir um limite estabelecido pelo Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia, o CAPDA.
As notas gerais do Relatório do auditor independente sobre elementos específicos das demonstrações contábeis, mostram que os termos de convênio estão em conformidade com as normas de auditoria e os custos indiretos estão dentro do aceitável pelo artigo 43 da resolução CAPDA n° 2 de março de 2020. Na análise do relatório técnico de cada projeto finalizado, foi identificado que as metas e objetivos dos projetos foram atingidos. Sobre os projetos ainda vigentes, verificados que estão ocorrendo conforme o planejado.
Para Carlos Koury, diretor de Inovação em Bioeconomia do Idesam, a auditoria encontra a obrigação prevista na legislação que regula o funcionamento do PPBio, com um princípio praticado pelo Idesam. “Para a sociedade, essa auditoria transmite a segurança da política pública que vem sendo executada e que gera resultados na promoção da bioeconomia da Amazônia”, salientou.
Mais informações sobre a agenda de trabalho do PPBio, estão disponíveis em bioeconomia.org.br
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